Técnico da USP vira chefe de delegação

Bruno Gomes de Valentin joga basquete desde os 10 anos de idade, e desde os 15 é conhecido por Frajola, fruto de uma brincadeira de um colega de time por causa de sua língua presa. Hoje, com 24 anos, ele acaba de voltar da República Tcheca, onde ocorreu o Mundial Feminino de Basquete. O atleta, formado em 2009 em Esporte pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE), acompanhou a seleção brasileira como chefe de delegação e trabalhou ao lado de estrelas como Hortência.

Trabalhar com a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) foi possível devido à sua experiência e formação. A Confederação está em fase de renovação desde a posse do novo presidente, Carlos Boaventura Correa Nunes, no ano passado. Falar inglês e ter treinado times de basquete desde 2006 foram importantes para que Frajola fosse percebido pela CBB. Atualmente, ele coordena os times de basquete feminino da Nutrição, ECA e ESPM, além de ser assistente técnico do time masculino da FEA e da seleção USP de basquete feminino.

Frajola: do esporte universitário à Seleção (Foto: Stephanie Kim Abe)
Frajola: do esporte universitário à Seleção (Foto: Stephanie Kim Abe)

Da lista de times que treina, fica claro a sua preferência pelo esporte universitário. Ele acredita que a maioria dos clubes só visa ao resultado. “Nos times universitários, o esporte não é prioridade, porque os alunos trabalham e estudam”. Frajola busca fazer com que seus atletas “gostem do esporte, que façam amizades, e aprendam com ele”, já que leva o basquete como modelo de vida.

Participar da organização de campeonatos universitários também ajudou muito sua formação. Em congressos técnicos da Federação Internacional de Basquete (Fiba), por exemplo, ele se surpreendia com a semelhança dos assuntos discutidos com os das reuniões de inters. Nos seus dois anos de diretor de modalidade na EEFE, Frajola ganhou experiência em mexer com dinheiro do time, lidar com burocracias e frequentar reuniões de tabela. Para ele, o nível técnico e operacional dos campeonatos da LAAUSP são bons e mostram o apoio que o esporte tem na Universidade.

O próximo passo agora é fazer um MBA e continuar atuando na CBB. Mas Frajola pretende continuar trabalhando como técnico de times universitários, que é uma área que ele acredita que “tem um trabalho legal e que precisa de atenção”.