Moradores da São Remo protestam contra falta de apoio da prefeitura após enchente

Moradores da comunidade São Remo, próxima ao Hospital Universitário (HU), realizaram na manhã desta sexta-feira (04/03) uma manifestação na Avenida Corifeu de Azevedo Marques para reivindicar abrigo para as famílias que estão há cinco dias desalojadas. No último domingo (27/2), um forte temporal destruiu casas e deixou 300 pessoas sem moradia.

Segundo a ONG Alavanca, que atua na comunidade com programas de inclusão social, 28 famílias perderam suas casas e cerca de 300 pessoas estão abrigadas na igreja local, na sede do projeto Circo Escola ou na própria ONG, por iniciativa dos moradores. A subprefeitura do Butantã não tomou medidas para auxiliar a população que ainda convive com a sujeira e o forte odor do local. Procurada pela redação do Jornal do Campus, a subprefeitura ainda não se manifestou.

Após destruir casas, chuva deixa sujeira e pessoas desabrigadas na comunidade (foto: Ana Maria Madeira)
Após destruir casas, chuva deixa sujeira e pessoas desabrigadas na comunidade (foto: Ana Maria Madeira)

No fim da tarde de domingo (27/2), o córrego Riacho Doce, que corta a parte baixa da comunidade, transbordou e a correnteza derrubou as casas que se apoiavam sobre palafitas. Na parte mais alta, também atingida pela chuva, houve estragos e alguns barracos correm o risco de desabar.

A ECA, que produz o jornal Notícias do Jardim São Remo distribuído na comunidade, está recebendo doações. O professor responsável pela realização do periódico Dennis de Oliveira diz que os donativos podem ser entregues na secretaria do Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE) em seu nome. Nesse momento, a comunidade necessita principalmente de roupas, agasalhos, alimentos e materiais para higiene pessoal. A secretaria do CJE fica à Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443 e funciona das 8h às 20h30.