Após três semanas sem jogos, atletas criticam interdição de campos do CEPE

Três semanas após a data prevista para seu término, o Bichusp 2013 ainda não chegou ao fim. Por conta das chuvas, a competição foi parcialmente paralisada, esfriando as equipes e gerando reclamações de atletas e treinadores.

Na primeira sexta-feira do mês (5), a LAAUSP informou o cancelamento dos jogos de futebol de campo, rugby e softbol dos dias 6 e 7. Segundo o CEPEUSP, uma vistoria constatou que os campos estavam completamente alagados e não haveria tempo para drenar toda a água, nem possibilidade de demarcar as linhas do campo. Além dos jogos do Bichusp, A Copa Danone, a Copa dos Campeões e alguns treinos também foram desmarcados.

O aviso gerou protestos de técnicos e atletas, que reclamam da inflexibilidade da direção do CEPE. “A chuva ocorreu na sexta-feira de manhã, mas sexta à tarde o campo já estava exposto ao sol. Poderiam ter feito uma reavaliação”, afirma o aluno Fabricio Goñi Candiani, auxiliar técnico na equipe de futebol de campo da Poli. Para Fabricio, interdições são necessárias apenas em casos mais extremos. “Sabemos que os campos realmente são prejudicados quando chove, mas sou a favor do adiamento apenas se a chuva tiver ocorrido na noite anterior ou na manhã do jogo, o que não vem acontecendo”.

Para o Diretor de Modalidade (DM) de futebol da EEFE, Fernando Mendes, a direção do CEPE precisa entender as particularidades do esporte universitário. “O esporte não é a profissão do atleta universitário. Ele não pode remanejar seus compromissos toda vez que um jogo é cancelado. Chuvas mais fracas como as do dia 5 poderiam ser ignoradas”, afirma. Segundo o DM de futebol de campo da ECA, Gustavo Pessutti, os atrasos desanimam os ingressantes e prejudicam a renovação do esporte universitário. “Com os cancelamentos, alguns calouros ficam decepcionados e desistem da competição ou até mesmo dos treinos”, afirma.

Com a chuva do último fim de semana (13 e 14), os jogos de futebol de campo foram novamente adiados. Desta maneira, a competição, que deveria ter sido concluída no início de abril, continua sem definição em algumas modalidades.

Procurado pelo Jornal do Campus, o diretor do CEPE, Carlos Bezerra de Albuquerque disse que os campos são interditados visando a “segurança dos jogadores, em função do gramado molhado e dos raios.” Ele também ressaltou que o campo é prejudicado quando utilizado na chuva. Segundo Bezerra, há um projeto de colocar grama sintética nos campos, mas não há previsão para seu início.