Vivendo e aprendendo

(Foto: Reprodução)

No dia em que se comemora a Liberdade de Imprensa, nós, aspirantes a jornalistas, fechamos essa edição do JC. Felizes por poder noticiar aquilo que, em épocas passadas, seria substituído por receitas de bolo. Tristes por saber que o teor das notícias continua sendo o mesmo muitas vezes. Violência policial, redução dos direitos dos trabalhadores, desrespeito ao direito à greve e por aí vai. Nesse contexto, ora positivo, ora negativo, aprendemos o que é ser jornalista.

Nossos erros nas últimas edições nos fizeram crescer. Num primeiro momento, imaturos que somos, ficamos ressabiados com as críticas que recebemos. Um tempo depois, com a cabeça mais fria, aprendemos a transformar o tropeço em escalada. Procuramos ouvir todos os lados da notícia (quando eles se dispõem a falar conosco), entender a complexidade dos assuntos políticos que se desenvolvem no país e a encontrar histórias que precisam ser contadas pelos campi da USP. Conciliar esse aprendizado com outras obrigações nem sempre é uma tarefa fácil, fazendo com que muitas vezes o trabalho não fique exatamente como queríamos. Mas a falta de tempo é condição para o trabalho jornalístico e precisamos aprender com isso também.

A edição que você, leitor, segura nas mãos, é produto disso tudo: do erro, do acerto, da pressa, da vontade de fazer as coisas direito e do aprendizado. Em Pauta, os embates em torno das reformas trabalhistas propostas por Michel Temer. A política adentra também as páginas de Universidade, com a cobertura da Greve Geral e a matéria sobre o “Manifesto Nação Brasil”, que conta como partidos que se auto declaram como progressistas elaboraram proposta para novo projeto político e econômico de nação. Ciência toca em um tema de saúde pública delicado em tempos de conservadorismo exacerbado no país: o aborto. Além disso, a editoria conta como dar os primeiros passos na vida acadêmica através da Iniciação Científica.

Em Esportes, estão em destaque os obstáculos financeiros enfrentados por atléticas. Além disso, os protagonistas da editoria ganharam voz em um texto sobre as lesões ocorridas em competições universitárias. Cultura buscou suas pautas longe da capital, com matérias sobre os campi de Santos e Ribeirão. O entrevistado desta edição é Ari Rocha, ex-aluno da FAU e criador do primeiro carro-conceito feito no Brasil. Para fechar, Opinião traz crônica sobre aquelas que nos ensinam tudo, talvez até um pouco de jornalismo: nossas mães. Boa leitura!