Salas de estudo, únicos locais com internet, também não funcionam bem
Por Rebecca Gompertz
No começo de maio, o JC publicou uma reportagem sobre o caso do ex-aluno de medicina da USP acusado de 6 estupros e que hoje é ginecologista. Na ocasião, o Jornal entrevistou a professora Eva Blay, coordenadora do USP Mulheres. Ao final da entrevista, conversando de maneira mais ampla sobre os desafios que as uspianas enfrentam para se manterem seguras, Eva se surpreende: Como assim o Crusp não tem internet?
A professora, indignada com a situação, prometeu cobrar a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI). Alguns dias depois, a resposta chega, e, a pedido do Superintendente, o professor João Eduardo Ferreira, o órgão se defende: “Nas salas de alunos de todos os prédios do CRUSP já tem Wi-Fi. O projeto de cabeamento de Wi-Fi para todos os apartamentos do CRUSP já foi elaborado e entregue ao Vice-Reitor para as devidas providências de viabilidade de recursos e logística de implantação.”
Salas de alunos
Existem salas de alunos nos blocos D e G. Tratam-se de espaços em que o Wi-Fi funciona e em que existem algumas mesas e cadeiras à disposição. Entretanto, os problemas são frequentes: “Quando tem mais de três pessoas não dá para estudar, porque só temos duas mesas. As outras salas de estudo estão interditadas” explica Frederic, aluno do curso de Educação Física que frequenta a sala do bloco D.
A sala no bloco G é monitorada pela Superintendência de Assistência Social (SAS). Para acessá-la é necessário informar número USP, bloco e andar de residência no Crusp. Apesar de ser um espaço mais conservado, os usuários também apontam problemas para aproveitá-lo, como conta o doutorando em Ciências dos Materiais, Rafael: “Nesse momento estamos sem internet aqui na sala também, então não tenho como fazer meu trabalho. Isso acontece com frequência.”