Máscaras no rosto… mais uma vez

Com aumento de casos de covid-19, uso de máscaras volta a ser obrigatório nos campi

por Isabel Vernier

Foto: Maude Hermans/ JC

Desde o dia 24 de agosto deste ano, o uso de máscaras na USP deixou de ser obrigatório em locais fechados, exceto no transporte coletivo e serviços de saúde da Universidade. Porém, recentemente a proteção passou a ser obrigatória mais uma vez na Universidade.

A medida é decorrente do novo surto de covid-19 que voltou a atingir o Brasil. De acordo com o G1, o crescimento dos casos foi de mais de 260% em uma variação de 14 dias.

O aumento de casos é ocasionado pela nova subvariante BQ.1 e a baixa adesão às doses de reforço. De acordo com o Vacinômetro do Governo Federal, pouco mais de 36,8 milhões de brasileiros receberam a segunda dose de reforço, o que equivale a cerca de 17,2% da população.

Nos campi, o boom de casos também foi sentido. De acordo com a assessoria de imprensa da reitoria da USP, os números começaram a crescer no início do mês. Assim, a Comissão Assessora de Saúde da Reitoria decidiu restabelecer a obrigatoriedade do uso de máscaras a partir do dia 16 de novembro nos locais fechados da Universidade.

Casos de covid no campo. Arte: Assessoria de Imprensa da Reitoria

Adrielly Kilryann, aluna da ECA, testou positivo no dia 26 de outubro após os sintomas iniciados no dia 24 se intensificarem. “Eu percebo que durante o período em que a obrigatoriedade das máscaras foi suspenso, a ocorrência de doenças, no geral, aumentou bastante entre o meu círculo social. E na época dos meus primeiros sintomas, por exemplo, boa parte das pessoas já não estava utilizando máscaras em tempo integral”, disse a aluna.

Além da obrigatoriedade das máscaras e do esquema vacinal completo, a reitoria também recomendou a não realização de eventos festivos na Universidade.

Ainda não há previsão de quando essas medidas serão revogadas, mas seu retorno levanta o alerta de que a covid-19 não deve ser tratada como um assunto encerrado. Sobre isso, Adrielly conta: “acredito que o retorno da obrigatoriedade serviu pra nos mostrar que ainda temos que ter muito cuidado e precaução, que não podemos esquecer tudo o que aconteceu desde 2020.”