FEA Social faz parceria com ONG de refugiados

Foto: Rafael Popp

Por Taís Ilhéu e Rafael Popp

República Dominicana, Togo, Haiti, Peru e Costa do Marfim. Estas são algumas das nacionalidades dos imigrantes e refugiados ajudados pelo ONG Bom Samaritano Tidarfit que, com o apoio da FEA Social, ajuda os recém-chegados ao Brasil a se adaptarem com a cultura e as leis do país.

Moussa Diabaté, que também é um refugiado, foi quem concebeu o projeto da ONG dá suporte para os mais diversos problemas, do auxílio com roupas e alimentação a ajuda com idiomas e a regularização de documentos. De acordo com Moussa, a ideia da organização é ser uma entidade criada por refugiados para ajudar outros refugiados.

A parceria

No início do ano, a organização foi uma das escolhidas pela FEA Social para participar do programa de apoio à ONGs e se destacou dentre as demais. “Quando apresentamos nossas preferências na reunião, ela era praticamente a primeira escolha de todos”, diz Leandro Gomes, integrante da entidade e um dos responsáveis pelo trabalho com a Bom Samaritano.

Criada em 2013, a FEA Social é comandada por alunos da Faculdade e tem como objetivo capacitar os estudantes e apoiar causas sociais. A entidade organiza desde palestras, feiras e eventos a programas de consultoria e de incubação para ONGs e pequenos negócios.

“O maior impacto que temos na sociedade é colocar profissionais preparados para lidar com as responsabilidades sociais e com valores como empatia e transparência”, diz a presidente, Isabela Yagi. Segundo ela, a entidade atendeu, em 2017, cerca de 8 ONGs em um projeto de consultoria. A meta para o ano que vem é dobrar o número de organizações atendidas.

Esforço coletivo

Outra atividade da Bom Samaritano é a realização de um encontro semanal. Aos domingos, imigrantes, refugiados, voluntários e apoiadores da ONG se reúnem em um espaço da prefeitura debaixo de um viaduto no bairro da Liberdade, em São Paulo. No último dia 22, em meio a chuva e falta de luz na região, o JC acompanhou uma dessas reuniões.

Ali, acontece um pouco de tudo. Moussa organizou o que ele mesmo define como uma Igreja Presbiteriana para imigrantes e refugiados, um lugar livre de preconceitos e repressão. Ele pretende, ainda, abrir um restaurante para empregar os recém-chegados, com comidas típicas de seus países de origem. Além disso, quer encontrar um local próprio para abrigar estes encontros e oferecer cursos de idiomas e oficinas dos mais diversos assuntos. “É muito importante que a cultura destes povos não seja perdida ao chegar aqui”.