Cristina Brasileira, exvoluntária em educação ambiental na Creche Oeste do campus do Butantã, afirma em denúncia ao JC que a composteira da Creche estaria contaminada com fezes de ratos e metais pesados. A compostagem é parte do projeto de educação ambiental da Creche e as crianças têm contato direto com o solo supostamente contaminado. O adubo produzido também é utilizado na horta da instituição.
A ex-voluntária é especialista em Regeneração de Solos e Água e seu filho freqüentou a Creche. Ela declara ter realizado a denúncia entre o final de 2008 e março de 2009, para uma das funcionárias, Flaviana Vieira, que teria, em resposta, “dado risadas”. No fim de 2009, Cristina dirigiu as queixas à diretoria da Creche, após um desentendimento com Flaviana devido ao seu “descaso”. Segundo Cristina, nenhuma providência foi tomada desde então.
Ela guarda até hoje as supostas amostras de fezes de ratos e pilhas encontradas na composteira e na horta. Flaviana nega a denúncia do começo de 2009. “Ela diz que falou, mas eu não ouvi”. A funcionária e a diretora da Creche, Rose Mara Gozzi, alegam que Cristina só fez a sua denúncia no final de 2009, depois da briga, que teria acontecido por “motivos pessoais”.
Rose Mara apresentou uma análise do solo feita, na época da denúncia, na Escola Superior de Agricultura luiz de Queiroz (Esalq). Segundo o exame, “[o composto e substratos da horta] apresentam teores que estão muito abaixo dos valores de referência, não apresentando riscos de contaminação por metais pesados”. A diretora menciona ainda o processo mensal de controle de pragas. “Se encontramos algum material suspeito, enviamos para a análise”, comenta Rose Mara.