Pacote de programas pretende modernizar o complexo esportivo, solucionando problemas de infra-estrutura e falta de material

Dois planos de reformas para o Centro de Práticas Esportivas (Cepe) da USP pretendem revitalizar e sanar as carências de infra-estrutura e de equipamentos do complexo esportivo: o Programa USP Olimpíadas 2016 e o plano diretor traçado para o Cepe.
Embora o Programa USP Olimpíadas 2016 ainda esteja em fase de levantamento de necessidades, já há estimativas dos custos e dos principais pontos abrangidos pelo Programa.
Inicialmente, estão previstas as propostas de aquecimento da piscina, a troca dos pisos dos módulos esportivos e o balizamento da raia, além da construção de um alojamento próximo a ela – que substituirá o atual, situado embaixo do velódromo. Estima-se que as obras custarão cerca de R$2 mil/m².
Assim como o Programa USP Olimpíadas, pouca coisa foi definida para o Plano Diretor. No entanto, segundo Carlos Bezerra de Albuquerque, diretor do Cepe e um dos coordenadores do programa olímpico, “a idéia é trabalhar os dois projetos de forma cooperativa, ou seja, um programa trabalhando em concordância e em harmonia com o outro”.
Entre as áreas inicialmente atendidas pelo Plano Diretor estão as reformas das quadras externas e a reforma da pista de atletismo. No entanto, temas maiores poderão fazer parte do Plano, como a reforma ou a demolição do Estádio e do Velódromo.
Reivindicações
Apesar do Programa USP Olimpíadas ter o apoio e a presença de um membro da Liga Atlética Acadêmica da USP (LAAUSP), o Programa ainda gera muita polêmica entre as Atléticas da universidade.
“Nossa grande reclamação é em relação à falta de incentivo da reitoria ao esporte universitário. Por que investir tanto recurso financeiro em um projeto que pretende ser utilizado por atletas profissionais de outros clubes? Por que não ter investido essa verba antes, quando iria beneficiar somente a Comunidade USP?”, questiona Lígia Kulaif Perroni, presidente da Associação Atlética Acadêmica Oswald de Andrade, da FFLCH-USP, a respeito do programa olímpico.
Lígia também reclama da ausência de horário estendido – até as 0 horas – do Cepe da Capital. “Nossos times chegam a ter apenas uma hora de treino por semana por falta de espaço, e nosso Reitor ainda cria um projeto para trazer mais pessoas”, argumenta. Atualmente, o processo de contratação de profissionais para viabilizar o horário estendido já está em curso e a diretoria do Cepe afirma que essa reinvidicação será atendida até julho deste ano.
USP Olimpíadas 2016
Em resposta, o Coordenador Executivo do programa olímpico, Valdir José Barbanti, da Escola de Educação Física e Esporte da USP de Ribeirão Preto (EEFE-RP), alega que o programa visa “melhorar as condições da prática esportiva e estimular o esporte universitário”.
Além disso, Barbanti afirma que “as bolsas mensais no valor de R$750,00 serão destinadas apenas a alunos da USP que tiverem alto desempenho esportivo e possuírem um bom histórico de graduação”. Além das bolsas de estudo, os alunos também irão dispor de testes de desempenho monitorados e avaliações físicas e odontológicas, realizadas por profissionais e estudantes da USP.