Um sapo com a boca costurada, agulhas que surgiram dentro do corpo de uma pessoa e um livro com rituais satânicos – esses são apenas alguns dos itens expostos no Laboratório do Impossível, que fica no coração da Cidade Universitária, em frente ao antigo Cinusp. Explorando superstições populares, fatos inexplicáveis, religiões, ilusionismo e ciência, o visitante é convidado a investigar a conexão entre crença e conhecimento.
O local conta com o Museu da Crença, da Dúvida e da Cultura de Paz, onde fica a exposição, uma biblioteca com mais de 15 mil volumes e o Centro de Documentação e Memória, que abriga arquivos e material filmográfico. O acervo do Laboratório é formado em sua maioria por doações do antigo Centro Latino-Americano de Parapsicologia, originalmente fundado pelo Padre Quevedo (1930-2019). A coleção reúne obras científicas, conteúdo religioso e muitos relatos enviados pela população para a equipe do padre, que investigava experiências sobrenaturais.
A proposta do projeto é incentivar reflexões sobre a tolerância diante das diferentes crenças e reforçar a importância da desconfiança, especialmente diante da proliferação da desinformação. “Apesar do caráter lúdico do museu, há um interesse no desenvolvimento do pensamento crítico do visitante, que é o carro-chefe do Laboratório”, explica Wellington Zangari, um dos coordenadores do InterPsi, grupo responsável pelo espaço.
COMO VISITAR: Rua do Anfiteatro, 181, favo 5, na Cidade Universitária. Agendamento no site interpsi.org.